Dando os Primeiros Passos para Reduzir o Impacto Ambiental
A jornada começa com os primeiros passos, que podem incluir a definição de metas para sua organização, a avaliação e a priorização das oportunidades que existem para reduzir o seu impacto ambiental.
Estabelecendo Metas
Pode ser útil alinhar seus planos para reduzir emissões e o consumo de recursos a metas específicas. Essas metas podem incluir a redução da pegada de carbono, do consumo de energia e do uso de água do data center, bem como a otimização das operações da cadeia de suprimentos e a redução dos resíduos eletrônicos.
Alguns operadores de data center estão adotando metas com base na visão do data center “net zero” ou de alguns dos pilares que compõem essa visão. In broad terms, the net zero data center encompasses:
- Zero perdas: Eliminando as ineficiências e maximizando a utilização nos sistemas do data center
- Zero carbono: Eliminando as emissões de carbono da energia consumida pelo data center
- Zero água: Eliminando a dependência de água para a operação do data center
- Zero resíduos: Eliminando os resíduos eletrônicos criados pelas operações do data center
Definindo Estruturas e Métricas
Há diversas estruturas e métricas para se escolher ao definir metas mensuráveis. Uma revisão mais detalhada das estruturas e métricas está incluída na seção Medindo e Reportando a Eficiência e as Emissões do Data Center.
Em muitos casos, as emissões serão o principal alvo dos esforços para reduzir o impacto ambiental. O Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GHG) oferece estruturas globais abrangentes e padronizadas, que as organizações da indústria podem usar para entender, agregar, quantificar e reduzir suas emissões e trabalhar com parceiros da cadeia de valor para que façam o mesmo. De acordo com o Protocolo de GHG, essas emissões incluems:
Escopo 1: Emissões a partir da operação dos ativos próprios ou controlados pela empresa. Isso inclui emissões geradas pelas instalações, pelos equipamentos de TI e outros equipamentos do data center, bem como emissões geradas por outros ativos, como carros e caminhões da empresa. Também inclui emissões geradas pelos métodos de construção e pela escolha dos materiais usados para fabricar tais instalações.
Escopo 2: Emissões a partir da geração de energia elétrica comprada. Com as concessionárias ainda limitadas em sua capacidade de atender diretamente às demandas de energia da indústria de data centers com energia sem carbono, os operadores usam ferramentas como contratos de compra de energia para compensar as emissões de carbono da energia comprada.
Escopo 3: Emissões geradas por todo o restante (fornecedores, distribuidores, uso de produtos e muito mais). Essas emissões são mais difíceis de medir, pois abrangem ações e ativos de terceiros. Os provedores de colocation e de nuvem podem precisar reportar as emissões aos seus clientes como parte dos cálculos das emissões do Estágio 3, e podem criar uma vantagem competitiva com relatórios que respaldem as metas de sustentabilidade de seus clientes.
O Protocolo de GHG também oferece calculadoras e respostas a perguntas frequentes para ajudar as organizações a quantificar as emissões.
Priorizando Oportunidades
As organizações de data center que assumiram um papel de liderança na redução do seu impacto ambiental adotaram uma abordagem de vários níveis e fases para o desafio. Isso pode começar com a avaliação dos atuais sistemas do data center e a priorização das oportunidades com base nas metas e tecnologias atuais.
Muitas organizações já resolveram as questões mais fáceis que contribuíam para as ineficiências nas operações do data center, virtualizando servidores, usando confinamento de corredor quente ou frio, e adotando o free-cooling. Ao desenvolver essas ações, os operadores devem continuar a priorizar soluções que possam alcançar os níveis desejados de continuidade para proteger os serviços dos quais os usuários dependem. Estas são algumas das oportunidades que devem ser consideradas:
Os data centers têm dificuldades com ativos subutilizados devido ao provisionamento excessivo com base em demandas de pico que raramente acontecem e na necessidade de redundância em sistemas críticos. Adotar serviços de cloud computing e desativar servidores "zumbis", ou pouco usados, pode aumentar as taxas de utilização dos sistemas de TI. A seleção de equipamentos para alimentação de energia que operem com capacidade nominal, aproveitando a capacidade de sobrecarga do sistema UPS para lidar com picos de demanda e adotar uma arquitetura de sistema de alimentação de energia N+ 1 de alta utilização, pode elevar a utilização dos equipamentos do sistema de alimentação de energia crítica.
A métrica mais comum usada para avaliar a eficiência do data center é a eficácia do uso de energia, calculada pela divisão da quantidade de energia que entra no data center pela quantidade usada para dar suporte à carga de TI. O objetivo é chegar o mais próximo possível da proporção 1:1. Worldwide, Em todo o mundo, a PUE média dos data centers foi de 1,57 em 2021, de acordo com a Pesquisa Anual sobre Data Centers do Uptime Institute. Com data centers altamente eficientes, capazes de atingir níveis de PUE em torno de 1,2, as médias atuais sugerem que há uma oportunidade significativa de melhoria nessa área.
Fonte: A eficiência energética dos data centers está estagnada, diz o Uptime Institute
Os sistemas de gerenciamento térmico são geralmente os maiores contribuintes para a PUE, e existem várias tecnologias térmicas eficientes energeticamente e no uso da água disponíveis, que podem ajudar os operadores a reduzir a PUE nos data centers existentes e garantir uma PUE mais baixa para novos data centers. À medida que mais organizações adotaram esses sistemas, começaram a voltar sua atenção para eliminar ineficiências no sistema de alimentação de energia crítica.
Atualmente, as energias renováveis não são previsíveis o suficiente para alimentar diretamente os data centers que funcionam continuamente. Flutuações e quedas de até 30 milissegundos podem danificar equipamentos de TI e causar interrupções. Isso está sendo resolvido ao combinar fontes de energia renováveis com sistemas capazes de produzir hidrogênio a partir de fontes renováveis. O hidrogênio é então usado por células a combustível que podem alimentar o data center nos períodos em que as fontes renováveis não entregam a energia necessária. Essas tecnologias estão avançando, mas há a necessidade de mais progresso antes que muitos operadores se sintam confortáveis em implantá-las.
À medida que as tecnologias avançam, os operadores têm adotado outras táticas para usar energias renováveis. Há acordos físicos para compra de energia (PPAs), nos quais os participantes compram energia renovável diretamente da rede elétrica que usam. Há acordos virtuais, onde os participantes usam um contrato para pagar um projeto de energia renovável que gerará a energia vendida em outro mercado e receber crédito por essa energia renovável. Os operadores também podem usar certificados de energia renovável (RCE), Os operadores também podem usar [g2]certificados de energia renovável (RCE)[/g2], instrumentos de mercado que simplificam como comprar e vender energia renovável de maneira verificável.
As organizações que confiaram em tecnologias de refrigeração com uso intenso de água para reduzir suas PUEs agora têm outras opções que podem oferecer economia de energia semelhante ao mesmo tempo que reduzem ou eliminam o consumo de água. A eficácia no uso de água (WUE) pode ser usada para medir a eficiência da água no data center e é calculada pela divisão da quantidade de água que um site usa para refrigerar, regular a umidade e produzir eletricidade, pelo uso total de energia dos equipamentos de TI. Particularmente em áreas onde a água é escassa, o consumo de água pode ser uma questão para a continuidade do negócio, bem como um problema ambiental, e há um incentivo particularmente forte para reduzir a WUE nessas áreas.
Os servidores do data center geram calor que pode ser capturado para reutilização. Os países nórdicos rreutilizaram o calor residual para o uso de energia do distrito. Nos Estados Unidos, a Califórnia exige a recuperação de calor residual para data centers através do Title 24, e outros estados podem seguir o exemplo. As tecnologias de refrigeração líquida podem ser eficazes no suporte à reutilização de calor, pois o circuito de água gelada usado por esses sistemas pode transferir energia 10 vezes mais eficientemente do que o ar.
Os operadores de data centers estão fazendo parcerias com empresas de reciclagem de eletrônicos para maximizar a reciclagem dos materiais em componentes eletrônicos e garantir que todos os resíduos eletrônicos sejam descartados com responsabilidade. Eles também estão reutilizando, reaproveitando e revendendo dispositivos usados. Guias on-line podem fornecer ajuda sobre como reduzir, reciclar e descartar equipamentos elétricos e eletrônicos.
Os proprietários e operadores de data centers estão em uma posição sólida para impulsionar a mudança em toda a indústria, porque trabalham com empresas de construção, fornecedores de sistemas e de infraestrutura de TI, concessionárias de utilidades, fornecedores de serviços e outros. Proprietários e operadores de data centers podem exigir ou oferecer a parceiros um status preferencial por atingir determinadas metas. MOs fabricantes de sistemas e de infraestrutura de TI podem fornecer produtos e tecnologias certificados que validam o design, as condições de uso, a conformidade e se os componentes e materiais podem ser reciclados. As equipes de data center também podem trabalhar com parceiros para adotar processos de economia circular, onde os equipamentos usados são coletados, recondicionados e reutilizados, e os resíduos são reprocessados em novos materiais.
Não há uma solução única para reduzir o impacto ambiental de um data center. A forma como as organizações priorizam e lidam com as muitas oportunidades disponíveis para reduzir o impacto dependerá de metas, orçamentos, tecnologias existentes e outros fatores.
Recursos